Igrejas em Roma (Parte I)

Em Roma estão algumas das igrejas mais lindas do mundo, das mais diversas idades e estilos arquitetônicos. Construídas em épocas diferentes e reformadas ou reconstruídas vezes sem conta, cada igreja é única, misturando estilos das épocas de sua construção, reconstrução e reformas.

São muito mais de 50 igrejas. É lógico que você não vai ver todas. Então, para ajudar a escolher, selecionei três das mais populares e mais uma, que está entre as minhas preferidas.

Dica: Se você for de camiseta regata, blusa cavada, ou shorts, corre o risco de te chamarem a atenção. Então, se for no verão (e o verão em Roma é quente!), leve uma echarpe ou um casaquinho, para evitar problemas.

Santa Maria Maggiore

Essa é a uma das minhas duas igrejas preferidas, em Roma.

Santa Maria Maggiore é uma das quatro "basílicas maiores". Foi originalmente dedicada a Nossa Senhora das Neves (séc. IV) e, depois, elevada à condição de basílica maior, na época em que foi declarado o dogma da Divina Maternidade (séc. V).

A construção original já foi alterada diversas vezes. O campanário é do século XIV e é o mais alto, em Roma. O mosaico "Coroação da Virgem" é do século XIII. 

No interior da igreja, o brilho do ouro (boa parte originado das colônias espanholas) chama a atenção. Os mosaicos são maravilhosos, estão entre as mais antigas representações da Virgem Maria e influenciaram artistas de diferentes épocas, em várias partes do mundo. Os mosaicos da nave são imagens representando o antigo testamento.

Dizem que o relicário que fica em baixo do altar mor contém madeira do berço de Jesus.

Vale a pena ver as capelas laterais. São lindíssimas!

Nesta basílica está enterrado São Jerônimo.

Dica:
- Todo dia 5 de agosto, para relembrar o milagre que levou à sua construção, uma chuva de pétalas de rosas brancas cai da cúpula da basílica, durante a celebração.

Curiosidade: as outras basílicas maiores são a de São João de Latrão, a de São Paulo extra-muros e a de São Pedro, no Vaticano.

Horário: 7:00h. às 18:45h.

Basílica de São Pedro

A Basílica de São Pedro fica no Vaticano e o acesso é pela Piazza de São Pedro, que fica em frente.

É a maior igreja do mundo, com mais de 20 mil metros quadrados.

Foi construída sobre o túmulo de São Pedro que, no início, tinha um santuário muito simples dedicado a ele. Com o passar do tempo, foi sendo aumentado pelos próprios devotos. A construção atual, no estilo renascentista, só começou no século XIV. Hoje, é o lugar em que é celebrada a maioria das cerimônias papais.

O interior da basílica é ricamente decorado, com esculturas e relevos em mármore e ouro. Lá também estão obras de arte de grandes artistas, como a Pietá, de Miguel ângelo e o baldaquino sobre o Altar Papal, de Bernini.

Do lado de fora, destaca-se a cúpula, as 340 estátuas de santos, mártires e anjos, as estátuas de São Paulo e São Pedro (com mais de 5 metros de altura, cada uma). Em frente à Basílica, a Praça de São Pedro é um espetáculo à parte. Foi projetada por Bernini e mistura os estilos clássico e barroco.
É em uma das janelas, na Praça, que o Papa faz suas aparições. Você vai reconhecer o cenário de muitos filmes, aí.

Dicas:

- Se você for na alta temporada e quiser entrar direto na Basílica, reserve tempo, muito tempo. A fila para entrar, às vezes, chega a contornar pelo menos a metade da praça. Por outro lado, você pode pegar o tour para conhecer os museus do Vaticano. Ele termina dentro da Basílica. Veja mais informações clicando aqui
- Dá para subir na cúpula, mas pense bem: são mais de 500 degraus. Tem um elevador (custa 2 euros), mas ele te leva até menos da metade do caminho. O resto não tem jeito, tem que subir à pé.

- Você pode visitar as Tumbas dos Papas, que ficam enterrados em baixo da Basilica. À esquerda de quem sai da Basílica, já na escada, tem uma fila. É a fila para visitar as tumbas.

Horário

Basílica: no inverno - 8:00h. às 18:30h.; no verão - 8:00h. às 19:00h.

Cúpula: no inverno - 8:00h. às 17:00h.; no verão - 8:00h. às 18:00h.

Preço

Cúpula: 5 euros

Tumbas dos Papas: gratuito

Praças de Roma

Roma tem inúmeras praças. Tem praças lindíssimas, com fontes e esculturas feitas por grandes artistas, com cafés e sorveterias ótimas! 

Selecionei minhas três preferidas:

Piazza Navona

Na Roma dos césares, essa praça era um campo de treinamento, com bancadas em toda a volta. Com o passar do tempo, as bancadas foram sendo substituídas por casas, mas o campo permaneceu e, no século XV passou a abrigar um mercado. Hoje, é a Piazza Navona.

Bem no meio da praça, está a Fontana dei Quattro Fiumi (Fonte dos Quatro Rios), esculpida no século XVII, por Bernini. Nas laterais, tem mais duas fontes, a Fontana di Nettuno e a Fontana del Moro (1576), as duas são obras de Giacomo della Porta.

No verão, a praça fica cheia de vendedores ambulantes e artistas de rua, que fazem sua caricatura ou desenham seu retrato na hora. 

Aproveite para tomar um sorvete italiano em uma das sorveterias da praça, ou sente em uma das mesinhas dos cafés e curta o movimento.

Ah! Nessa praça também fica o Palácio Pamphilj, que abriga a embaixada do Brasil.

Piazza di Spagna

A fonte no meio da praça é outra obra barroca de Bernini. Chama-se Fontana della Barcaccia.

O que dá nome à praça é a escada, construída para ligar a igueja Trinitá dei Monti à embaixada da Espanha, que ficava em baixo. Na primavera, a escada fica linda, toda florida. Serve de ponto de encontro para jovens, artistas e turistas em geral.

Em um dos cantos, tem a Babington, uma casa de chás que funciona desde 1893 (vale a pena conhecer!).

Na via dei Condotti, que sai bem do meio da praça, em frente à escada, você encontra lojas de grifes famosas, como a Gucci, Dior e Prada. Mesmo que você não vá comprar nada, vale dar uma olhadinha!

Piazza della Repubblica

Até os anos 1950, era chamada piazza Esedra.

No meio da praça, fica a Fonte das Naiades (naiades são ninfas de água doce), de Mario Rutelli. São três ninfas, uma segura um cisne, outra monta um cavalo e a terceira está esticada em um monstro.

Nessa praça também fica a basílica de Santa Maria degli Angeli e dei Martiri, fácil de identificar pelas ruínas que marcam a entrada - mas por fora é bem diferente das outras igrejas de Roma.

Tem um restaurante, com mesinhas para fora. A comida não é lá essas coisas, mas a vista é boa.

Na galeria que fica dentro dos arcos tem algumas lojas, mas nada que se destaque. 

Roma: Dicas de Viagem

Eu morei em Roma. Talvez por isso mesmo tenha levado tanto tempo para escrever sobre a cidade. Sempre "empacava" na pergunta: por onde eu começo? Então, finalmente, vamos lá: pelo começo!
Se você está lendo sobre Roma, com certeza já viu mais de uma vez que se referem a ela como um museu ao ar livre. E é verdade! Desde as ruínas do antigo fórum romano até esculturas de artistas de todas as épocas, se pode ver de tudo, apenas passeando pelas ruas. E tem muita, muita coisa pra se ver.

A maior parte do que tem para ver se concentra bem no centro da cidade. Então, na hora de escolher um lugar para se hospedar, lá é o ideal. Não espere encontrar hotéis novinhos, mas muitos são bem conservados e têm quartos grandes. Se você ficar na via Cavour ou nos arredores, vai poder conhecer muitos dos lugares à pé. Também vai encontrar vários lugares para comer, seja restaurantes, seja lanchonetes.

Quanto tempo ficar? Isso depende mais de quanto tempo você tem disponível, mas para ajudar a calcular, vamos lá: em uns dois dias (dependendo da sua resistência), dá para conhecer os principais monumentos do centro à pé (inclusive o Coliseu). Se for conhecer os museus do Vaticano (o passeio inclui a Capela Sixtina) e as catacumbas, pode levar quase um dia, se for alta temporada. Tem outros passeios bacanas, como a Villa Borghese (que toma uma manhã ou uma tarde - eu costumava passar o dia lá, mas aí só se tiver muito, muito tempo sobrando). O Trastevere, na minha opinião, é mais interessante à noite, quando fica cheio de pessoas, que disputam as ruelas com os carros e você pode escolher um dos diversos restaurantes bacanas para jantar.
Já para conhecer as igrejas, aí vai variar muito. Tem igrejas no centro (como Santa Maria Maggiore e Santa Maria Sopra Minerva), mas outras são mais retiradas (como São Paulo Extramuros) e vão tomar mais tempo da sua viagem.

Depois que escolher os pontos turísticos do centro, localize cada um no mapa e trace seu roteiro à pé.
Se cansar, escolha um dos cafés ou lanchonetes nas praças - muitos têm mesinhas nas calçadas. Quer comer sem gastar muito? Entre em um bar e escolha um "tramezzino" (sanduíche triangular, feito de pão branco de forma, que lembra nossos sanduíches naturais) ou um "panini" (sanduíche grelhado, feito com pães como ciabatta ou rosetta, recheado com salame, presunto, queijo, mortadela ou outros).
Enfim, para ajudar a escolher os pontos, selecionei alguns, entre praças, igrejas, etc. Vou falar sobre eles nos próximos posts.

Roupa Amassada

Essa me ensinaram e eu achei ótima! Foi tirar o vestido ou a camisa da mala está tudo amarrotado? Não tem ferro de passar no hotel? Coloque a roupa em um cabide dentro do banheiro, na hora do banho. O vapor do chuveiro ajuda a desamassar a roupa.

El 22 Parrilla a La Leña: Excelente Opção de Autêntica Parrilla Porteña

Fui parar nesse restaurante por pura sorte e da maneira mais inusitada! Estávamos em Buenos Aires. Então, queríamos comer “parrilla”, a versão argentina do nosso churrasco (com cortes maravilhosos de carne!). Tínhamos ido a outro restaurante, mas chegamos lá e demos com a cara na porta: estava fechado. Então, resolvemos ir a Puerto Madero. Não tínhamos reserva nem anotações com qualquer dica.

No caminho, vimos o El 22, que tinha uma cara boa. E já que era para arriscar, simplesmente paramos e entramos. Que ótima surpresa! Foi nada menos que o melhor churrasco que já comi em Buenos Aires (e isso inclui o badalado Cabaña Las Lillas!).

Pedi um bife de chorizo, que estava sensacional. E para completar, o molho “da casa” é de outro mundo.

Endereço: Angel Justiniano Carranza 1950 - Palermo

Horário: 12:00 às 17:00h. - 20h. à meia-noite